O Puerpério, também conhecido popularmente como “quarentena”, é o período de 6 a 8 semanas pós-parto, durante o qual o corpo da mulher passa por profundas modificações físicas e emocionais para retornar ao estado pré-gravidez. Ao mesmo tempo que recupera lentamente do parto e das alterações ocorridas ao longo da gravidez, também precisa de se adaptar ao seu papel de mãe.
Uma das principais transformações no corpo da mulher após o parto é a queda nos níveis hormonais. Em função disso, a nova mamãe pode se sentir mais cansada e desanimada nesse período, sentimentos que também podem ser acompanhados de insegurança ou tristeza.
Juntas, essas características contribuem para aumentar a insegurança da mãe em relação aos cuidados necessários para garantir a saúde do seu bebê e dela própria nesta fase inicial da maternidade.
Por isso, é importante ter o apoio da família durante o momento da “quarentena”, e é necessário prestar atenção ao aparecimento de outros sintomas mais graves — como a falta de apetite, insônia e desinteresse —, que podem indicar o início de uma depressão pós-parto. Nesse caso, é preciso buscar acompanhamento médico.
Durante o puerpério, é preciso ter cuidados especiais com a mulher. O puerpério inicia-se uma a duas horas após a saída da placenta e pode ser dividido em:
- Puerpério imediato (1 ° ao 10° dia), momento o qual o corpo começa a se recuperar. Nesse período, o útero começa a retornar ao seu tamanho normal e há a ocorrência de corrimento — inicialmente avermelhado e, com o passar dos dias, em volume reduzido e tonalidade amarelada.
- Puerpério tardio (11 ° ao 45° dia), período no qual o corpo ainda está passando por transformações e o cuidado deve ser redobrado. O útero continua a regredir e a região genital continuam a sofrer modificações para se recuperar por completo do período gestacional.
- Puerpério remoto (a partir do 45° dia) até enquanto a mulher amamentar ela estará sofrendo modificações da gestação (lactância).
No puerpério imediato, a mulher deve ter uma consulta com o obstetra ou o ginecologista para acompanhar eventuais riscos como sangramentos excessivos, sinais de infecção e cuidados com as mamas na amamentação.
Fonte: http://www.sogesp.com.br