O HPV (papiloma vírus humano) é responsável pela doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente do planeta, que se manifesta através de verrugas nos genitais e outras áreas do corpo e está relacionado com doenças pré-cancerígenas.

No Homem é comum a presença de verrugas em região peniana ( principalmente no sulco balano-prepuciano) e na base do pênis. Essas lesões também pode se manifestar na região anal.

Denominadas tecnicamente condilomas acuminados e popularmente conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou papulosas, elevadas ou planas.

Sabemos que os homens contribuem para a infecção nas mulheres e estima-se que mais de 70% dos parceiros de mulheres com infecção cervical por HPV são portadores desse vírus. Ocorre em aproximadamente 75% da população sexualmente ativa exposta ao vírus. O Ministério da Saúde no Brasil registra a cada ano 137 mil novos casos de infecção por HPV.

Já existe uma vacina  aprovada no Brasil, e é recomendada para meninas e meninos entre 9 e 26 anos.

O objetivo do tratamento das verrugas anogenitais (região genital e ânus) é a destruição das lesões. Independentemente da realização do tratamento, as lesões podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume.

O Tratamento deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.

Os tipos de tratamento são químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.

Podem ser domiciliares (autoaplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais (ácido tricloroacético – ATA, podofilina, eletrocauterização, exérese cirúrgica, crioterapia e laser), conforme indicação profissional para cada caso.

O tratamento das verrugas anogenitais não elimina o vírus e, por isso, as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas parcerias devem manter acompanhamento periódico  e retornar médico após o tratamento inicial para acompanhamento e diagnóstico precoce das recidivas.

Além do tratamento de lesões visíveis, é necessário que os profissionais de saúde realizem exame clínico anogenital completo, pois pode haver lesões dentro de vagina e ânus não identificadas pela própria pessoa afetada.